O que seria saúde?
Nossa sociedade ocidental desenvolveu uma concepção de saúde voltada para a doença. Uma concepção cartesiana, técnica e alienada do que seria o estado de saúde.
Podemos considerar a saúde, sob uma perspectiva antipositivista, como um estado de razoável harmonia entre o sujeito e a sua própria realidade, determinada por variantes subjetivas que englobam o físico, o psíquico e o social de forma interdependente e particular a cada indivíduo (LEITE, 2011). Somado a isso devemos lembrar que somos parte de um grande ciclo de troca energética, um cadeia.
Faz-se necessário que esses conceitos sejam considerados na prática em saúde, transformando-a. A partir do desenvolvimento de praticas que fortaleçam a prevenção e a promoção da saúde, fomente o respeito a transculturalidade dos povos, ou seja, os saberes milenares que vem sendo transmitidos ao longo das gerações.
Isso é fundamental na abordagem terapêutica do profissional em saúde, visto que proporciona o alcance de resultados visíveis e reais, pois o mesmo terá consciência de que fala com um ser social, dotado de inteligência e com capacidade de entendimento e reflexão. Ao invés de considerar o cliente um ser passivo e um receptáculo vazio de informações, prescrições e ordens técnicas com explicações vazias (o clássico: "você tem que parar de fumar porque se não vai morrer!" ou "tem que parar de comer sal porque está com a pressão alta.").
E a manutenção desse estado de saúde tem determinantes multifatoriais subjetivas, que envolvem condições sociais, ambientais e culturais, que cabem ao estado e ao próprio indivíduo. Não na perspectiva de culpabilização que tem sido tão fortalecida, mas sob a ótica de tomada de consciência do indivíduo em relação ao seu meio socio-politico-ambiental e a sua capacidade de observação, critica e intervenção.
©LEITE, J. B. O. 2014
Ao utilizar o conteúdo dos textos, por gentileza citar a referencia.
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